Decoração minimalista tem base neutra cinza e espaços vazios
Dos acabamentos ao mobiliário, preto, branco e cinza dominam este apartamento de 220 m², no bairro paulistano dos Jardins, pertencente a um jovem casal com um filho. Projeto do escritório Basiches Arquitetos Associados.

É comum encontrar apartamentos nos edifícios novos de São Paulo em que a varandaé grande, mas o living nem tanto. Esse foi o caso do imóvel de 220 m² no bairro dos Jardins, comprado por André e Paula Zukerman, um jovem casal que vive há quatro anos ali, onde impera a neutralidade. “Adoro um terraço, mas preferimos integrá-lo ao estar para ficar com uma área social maior”, conta Paula.
Para driblar uma viga remanescente entre os dois ambientes, o arquiteto Ricardo Basiches, responsável pela arquitetura de interiores e ambientação, usou um truque. “Rebaixei com gesso o teto da área onde era a varanda ao nível da viga, estendendo-o em direção ao living, o que criou uma espécie de sanca”, explica ele. Outra boa solução foi projetar uma pequena parede solta para instalar a TV.
“Não gostamos muito de madeira nem de peças coloridas e estampadas”, afirma a proprietária. Dá para entender porque os espaços refletem um respeito pelos neutros. Preto, branco e cinza foram os tons eleitos para praticamente tudo: dos acabamentos ao mobiliário, escolhido pessoalmente pelos donos. Porcelanato cinza de grande formato, por exemplo, reveste o piso da área social, onde se destaca o sofazão preto da área de TV. Em vez de uma extensa sala de jantar, o casal preferiu que o arquiteto projetasse um pequeno lounge junto a um bar. “É aqui que recebemos nossos amigos na maioria das vezes”, diz Paula.
A mesa de jantar fica junto da passagem para a cozinha, que tem uma porta que pode ser embutida na parede. No ambiente de preparo das refeições, o piso é de ladrilho hidráulico — um desejo expresso da proprietária — nos mesmos tons neutros e com desenho gráfico. O quarto do casal, cuja varanda foi transformada em escritório, exibe mais uma vez a trinca de cores.
Ao deixar o hall do elevador, de aspecto minimalista, entra-se no apartamento e logo se percebe a amplitude dos espaços, onde o pequeno Ricardo, de 1 ano, costuma engatinhar, observado por Geraldo, o pet da família. “O bebê vai aonde pode e aonde não pode”, diverte-se Paula, que confessa pensar em comprar poltronas mais vivas para a sala. O tempo dirá se virão.






